Ontem fez duas semanas que terminei meu namoro. Mas faz apenas dois dias que me controlo e não mantenho contato nenhum. Apesar de todos os erros dele, quem tem que se controlar sou eu para não correr atrás, pois ele simplesmente nunca ligou, sempre esteve aparentemente bem após os términos.. enfim, a vida dele nunca parou, só a minha.
Hoje estou um pouco mais tranquila, mas a ansiedade toda hora vem, e eu estaria mentindo pra vcs que eu não queria que ele me procurasse... no fundo quem já passou pela mesma situação que eu, sempre espera. Mesmo que seja pra ignorar, dar um não como resposta. Mas a gente espera por ego mesmo, por ter sido tanto anos juntos e ele estar errado... espera pelo menos uma desculpa sincera pro coração poder acalmar e conseguir seguir a vida sem raiva de quem vc passou por tantos momentos.
Além de me segurar, e a cada segundo estou mais forte para não procura-lo, trabalho também para tirar de mim essas falsas esperanças dessa possível procura. Racionalmente eu sei que isso não vai acontecer, e que é melhor assim.
Nunca fui uma pessoa que guarda mágoa de ninguém, mas eu tenho tanta mas tanta mágoa dele. Toda noite lembro de tudo que tive que escutar. Não quero ouvir nada daquilo e nem ser tratada daquela forma nunca mais.
Tenho chorado menos do que os outros términos, penso que estou esgotada depois de tantos anos sofrendo. Mas ainda choro. Sou um turbilhão de emoção durante o dia. Pela manhã posso acordar péssima ou recuperada, a noite geralmente choro. Mas rezo e peço sempre pra Deus fazer o melhor pra mim. Me sinto ridícula e culpada de rezar, logo eu que nunca fui religiosa e procuro Deus apenas quando preciso... talvez seja o momento de mudar isso quando tudo isso tiver passado (eu tenho consciência que vai passar).
Vou postar um texto aqui que parece que foi feito pra mim e pode servir pra quem tá passando pelo mesmo também. Sofri com a indiferença por muito tempo, e posso dizer que doi mais que tudo.
"Se eu posso te dar um conselho, eis aqui: Não mendigue atenção de quem quer que seja. Não se esforce para compartilhar minutos com quem está mais interessado em coisas que não te incluem. Não prolongue a conversa apenas para ter o outro por perto, quando você perceber que precisa se esforçar bastante para que o monólogo vire um diálogo. Esqueça. Prefira a sua solidão genuína à pseudo presença de qualquer pessoa. Ainda digo mais: Perceba que existem pessoas que curtem dividir a atenção contigo sem que você precise desprender esforço algum. Aproveite o que te dão de livre e espontânea vontade. Dispense o que te dão por força do hábito ou por conveniência. Esqueça o que não querem te dar. Cada um dá o que pode."
Mario Calfat Neto