quarta-feira, 15 de outubro de 2014

2º dia

Ontem fez duas semanas que terminei meu namoro. Mas faz apenas dois dias que me controlo e não mantenho contato nenhum. Apesar de todos os erros dele, quem tem que se controlar sou eu para não correr atrás, pois ele simplesmente nunca ligou, sempre esteve aparentemente bem após os términos.. enfim, a vida dele nunca parou, só a minha. 

Hoje estou um pouco mais tranquila, mas a ansiedade toda hora vem, e eu estaria mentindo pra vcs que eu não queria que ele me procurasse... no fundo quem já passou pela mesma situação que eu, sempre espera. Mesmo que seja pra ignorar, dar um não como resposta. Mas a gente espera por ego mesmo, por ter sido tanto anos juntos e ele estar errado... espera pelo menos uma desculpa sincera pro coração poder acalmar e conseguir seguir a vida sem raiva de quem vc passou por tantos momentos. 

Além de me segurar, e a cada segundo estou mais forte para não procura-lo, trabalho também para tirar de mim essas falsas esperanças dessa possível procura. Racionalmente eu sei que isso não vai acontecer, e que é melhor assim.

Nunca fui uma pessoa que guarda mágoa de ninguém, mas eu tenho tanta mas tanta mágoa dele. Toda noite lembro de tudo que tive que escutar. Não quero ouvir nada daquilo e nem ser tratada daquela forma nunca mais.

Tenho chorado menos do que os outros términos, penso que estou esgotada depois de tantos anos sofrendo. Mas ainda choro. Sou um turbilhão de emoção durante o dia. Pela manhã posso acordar péssima ou recuperada, a noite geralmente choro. Mas rezo e peço sempre pra Deus fazer o melhor pra mim. Me sinto ridícula e culpada de rezar, logo eu que nunca fui religiosa e procuro Deus apenas quando preciso... talvez seja o momento de mudar isso quando tudo isso tiver passado (eu tenho consciência que vai passar).

Vou postar um texto aqui que parece que foi feito pra mim e pode servir pra quem tá passando pelo mesmo também. Sofri com a indiferença por muito tempo, e posso dizer que doi mais que tudo.

"Se eu posso te dar um conselho, eis aqui: Não mendigue atenção de quem quer que seja. Não se esforce para compartilhar minutos com quem está mais interessado em coisas que não te incluem. Não prolongue a conversa apenas para ter o outro por perto, quando você perceber que precisa se esforçar bastante para que o monólogo vire um diálogo. Esqueça. Prefira a sua solidão genuína à pseudo presença de qualquer pessoa. Ainda digo mais: Perceba que existem pessoas que curtem dividir a atenção contigo sem que você precise desprender esforço algum. Aproveite o que te dão de livre e espontânea vontade. Dispense o que te dão por força do hábito ou por conveniência. Esqueça o que não querem te dar. Cada um dá o que pode."
Mario Calfat Neto

terça-feira, 14 de outubro de 2014

1º dia


Há anos eu estou numa relação doentia. Onde perdi o amor próprio, auto estima, me humilhei incontáveis vezes e aceitei o inaceitável. Todas essas vezes senti a necessidade de ter um apoio maior, e apesar de ter muita coisa na internet sobre o tema "término de relações" sempre encontrei o óbvio e nada que me alavancasse da angustia que já vivi e vivo no momento. Aqui quero ajudar pessoa e me ajudar, contando meus acertos, erros, minhas vitorias.. rumo ao esquecimento e me encontrar novamente.


Segue a minha história:

Essa semana terminamos mais uma vez, da mesma forma do que as outras tantas. Isso mesmo, durante anos de namoro, terminamos inúmeras vezes. E repito, todas as vezes foram pelo mesmo motivo, e os términos duraram sempre cerca de dois a três meses.

O motivo? Infelizmente eu namorei com uma pessoa que eu não consegui conhecer profundamente quem é , o sente, e se é que ele sente algo. Durante todos esses anos vivi em função da vida dele e principalmente das vontades dele. As coisas sempre iam bem quando isso não era alterado. À partir do momento que algo não acontecia conforme ele queria as coisas mudavam. Ele saia escondido, mentia, eu xingava, ele me humilhava... ELE terminava. Sim, ele... apesar de tudo que ele fazia, ainda assim eu acreditava no ditado "ruim com ele, pior sem ele". E no fim quem terminava era ele. E eu não posso esquecer as frases típicas desses términos: "eu não gosto mais de você", "tenha amor próprio", "Você é uma louca, eu não estou errado", "Conversar, conversar pra que? Você acha que eu quero continuar?"

Eu ficava aos prantos, enlouquecia. Ligava, enviava e-mails, SMS, inbox (isso quando ele não me bloqueava de todas as formas), obtinha a resposta quando ele tivesse afim de responder... e toda essa humilhação que eu passava e fazia, era contado detalhadamente por ele para os amigos. Louca? Prazer, era eu. Era assim que ele se referia a mim.

Eu tenho decorado na cabeça todo o meu ciclo depois disso: sem comer, sem dormir, sem trabalhar, sem estudar.

Que bom que o tempo passa e para mim sempre foi o remédio, pelo menos pra esconder a dor. Com muito custo aos poucos eu sempre fui me reerguendo. Conhecia gente nova, tive caras apaixonados por mim, sai, bebi, fui feliz. Mas apesar disso tudo eu nunca esquecia ele... sempre sabia que faltava algo na minha vida, e eu sabia o motivo. Mas conseguia também não chorar mais, não sofrer mais, e seguir minha vida.

Nessa fase era que ele se aproximava. Depois de muito tempo sem contato ele ressurgia. Com planos e promessas falsas, nessa época eu já havia esquecido de tudo que ele fez. E olha, eu também prometia mudanças. Sim, eu me colocava extremamente culpada também pelas brigas e términos. Eu esquecia completamente que os meus "erros" eram derivados dos dele. Eu era ciumenta, controladora e obsessiva por que não confiava nele, e era com razão. E ai voltávamos,e tudo dito anteriormente começava novamente, um ciclo vicioso.

Antes de continuar é importante que eu diga que eu sempre fui uma pessoa ciumenta e controladora. Faço sempre uma auto avaliação e acredito que muito disso foi por namoros de adolescência sem absolutamente nada de maturidade. Eu não consigo responder se eu mudei, por que não posso levar em consideração os meus atos com meu ex namorado, pois simplesmente o motivo disso tudo era ele.

Essa semana, mais uma vez aconteceu o esperado. Não estávamos bem há algumas semanas, sempre pelos mesmos motivos: indiferença da parte dele, criticas, entre tantas coisas. Ele não esperou muito pra aprontar, no dia que pedi pra ele que ele tentasse também recuperar nosso namoro, pasmem, ele sumiu, não deu sinal de vida, não me atendeu. Depois descobri onde ele estava, mas no dia seguinte recebi uma resposta irônica e mentirosa. E ai pensei... mas será que ele me traiu? será que tinha mulher? Precisa mesmo ter mulher, a mentira deslavada já não é mais que o suficiente?

Enfim, terminamos, e tivemos um semi ciclo que eu contei acima. Eu ainda fui capaz de pedir pra ele vir conversar... ele disse que viria, e não veio. Exatamente como todas as vezes. Mas dessa vez eu decidi parar, antes que eu me humilhe e me machuque mais. De uma vez por todas que sair dessa situação, quero sair dessa doença.

CONTEM SUAS HISTÓRIAS TAMBÉM... VAMOS NOS AJUDAR.